Holambra sediou no dia 13 de novembro o 1º Polo Literário, realizado no Espaço Cultural Terra Viva. A iniciativa foi criada para incentivar o hábito da leitura nas escolas, valorizar autores locais e regionais e promover a troca de experiências entre educadores, estudantes e profissionais do livro. A abertura contou com a presença do prefeito Fernando Capato, do vice-prefeito Miguel Esperança e do diretor municipal de Educação, Henrique Mazotti.

Ao longo do dia, os visitantes participaram de rodas de conversa, palestras, oficinas e encontros com autores. O evento apresentou ferramentas para estimular o gosto pela leitura e aproximou o público do universo editorial, fortalecendo a cena literária da região.

Um dos organizadores, o professor e autor Geraldo Eysink, comemorou o resultado da primeira edição. “Tivemos representantes de 20 cidades diferentes, e todos que participaram consideraram o evento um sucesso. Para o ano que vem, queremos que o Polo entre para o calendário oficial da cidade, sendo cada vez maior e mais profissional. Como foi a nossa primeira edição, ficamos muito satisfeitos. Nossos objetivos foram atendidos: apresentar formas de estimular o gosto pela leitura e trazer editoras sérias que pudessem orientar autores na elaboração e comercialização de suas obras. Para a próxima edição, a ideia é realizar dois ou três dias de evento e montar uma feira de livros. Queremos transformar Holambra em referência nacional de leitura. A participação do secretário de Educação, vereadores, prefeito e vice-prefeito foi um marco, uma prova de que o tema é importante para a cidade. A administração pública reconhece e apoia o projeto.”

A presidente da Agência Líder de Desenvolvimento Regional do Circuito das Águas Paulista, Laura Umbelina Santi, reforçou o papel social da leitura. “A ADECAP acredita que esse tipo de evento ajuda a construir mais consciência e qualificação na educação de crianças, jovens e adultos. Dominar a habilidade da leitura e da interpretação de textos, histórias, desenhos, objetos e arte permite uma vida plena, um melhor desenvolvimento do ser humano, de sua capacidade produtiva e de sua comunicação. Durante minha fala, manifestei minha preocupação com a segregação de pessoas e comunidades por causa da falta de domínio da leitura plena. Isso faz com que alguns bairros e shoppings de Campinas ofereçam filmes apenas dublados, e não legendados, por exemplo. Não dominar plenamente a leitura e a interpretação faz com que as pessoas fiquem reféns de narrativas, de grupos sociais e, no limite, de governos e suas políticas.”

A escritora, pedagoga e professora Carla Magalhães também avaliou a experiência de forma positiva. “Estive no evento, junto com mais 16 escritores, apresentando nossos livros e lançamentos. Tivemos palestras e rodas de conversa muito interessantes sobre como adquirir o gosto pela leitura, tema central do evento. Escritores, editoras e projetos compartilharam falas extremamente importantes, que nos permitiram conhecer melhor uns aos outros. Aprendemos muito, conhecemos muitas pessoas e saímos fortalecidos. Muitas vezes, nós escritores acabamos desanimando, mas o incentivo de hoje foi muito valioso. Parabéns ao Geraldo e a toda a equipe da organização. Esperamos que, em 2026, aconteça a segunda edição do Polo Literário. Agradeço por ter participado e, como sempre digo, educar não é só mostrar caminhos, educar é caminhar juntos”, declarou a autora que veio de Hortolândia.

O autor Bruno Sutt, que veio da cidade de Artur Nogueira, também ressaltou a importância do evento. “Participar do encontro literário em Holambra foi uma experiência muito especial para mim. Foi a primeira vez que pude apresentar meu trabalho como escritor em um evento desse porte, e isso tornou o momento ainda mais marcante. Tive a oportunidade de conhecer pessoas incríveis, conversar com outros autores e entender melhor as diferentes trajetórias literárias presentes ali.”