
A forte estiagem que atinge o interior de São Paulo neste período do ano tem preocupado moradores e motivado alertas da Defesa Civil sobre os riscos da baixa umidade do ar. Devido à gravidade da situação, moradores de Holambra receberam em seus celulares um alerta da Defesa Civil sobre os perigos da baixa umidade que atinge o município e outras cidades entre os dias 10 e 11 de setembro. O aviso alertava a população para que se hidratasse e evitasse queimadas, já que o tempo seco aumenta o risco de incêndios em áreas de vegetação rasteira e pastagens.
Em Holambra, nessa quinta-feira, dia 11 de setembro, a umidade relativa do ar chegou a registrar mínima de 13,7%, de acordo com dados do Ciiagro (Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas). Os índices estão muito abaixo do ideal recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 60%.
Apesar do cenário climático, a produção de flores e plantas ornamentais, principal atividade econômica do município, não foi afetada. Isso porque, segundo informações da Cooperativa Veiling Holambra, a maior parte dos produtores trabalha com cultivo em estufas equipadas com sistemas de irrigação. Por isso, mesmo com a estiagem, é possível produzir.
Esse é o caso do Rancho Raízes, que adota o sistema de captação de água da chuva. Segundo Maritha Domhof, o setor está preparado para enfrentar períodos de seca prolongada. “Todo mundo tem captação de água de chuva em reservatórios grandes. No nosso caso, temos reserva para até oito meses. Se ficar esse tempo sem cair uma gota de água, ainda assim temos água suficiente para irrigar as plantas”, explicou.
Segundo ela, a adoção de tecnologias e o investimento em sustentabilidade garantem a continuidade da produção sem a necessidade de retirada de água do solo. “Hoje não tiramos uma gota de água do solo para irrigação de flores e plantas. Os produtores já estão à frente, preparados para lidar com esse tipo de estiagem”, completou.
Mercado e meio ambiente — Para Maritha, o mercado de flores não deve sofrer impactos diretos por conta da estiagem. “Os produtores investem constantemente em tecnologia e conseguem manter a qualidade. Para o meio ambiente como um todo, a estiagem faz diferença, principalmente nas estradas e áreas verdes. Mas, na produção, estamos preparados”, afirmou.





