Em comemoração ao aniversário de 34 anos de emancipação político-administrativa, Holambra ganha um presente inédito que conecta história, tecnologia e acessibilidade. Neste sábado, dia 25 de outubro, às 9h, acontece no Moinho Povos Unidos o lançamento da experiência em realidade virtual 360° e do livro “O Gigante de Holambra”, obras que reforçam o valor do patrimônio cultural e humano da cidade.

A iniciativa faz parte do projeto “Ventos de História e Inovação: Moinho Povos Unidos – Um Legado Acessível”, desenvolvido pela Associação Povos Unidos em parceria com a Embaixada do Reino dos Países Baixos (NL). Selecionado pela Open Call Cultural Heritage Fund 2025, o projeto une tradição, sustentabilidade e inclusão, traduzindo em uma vivência sensorial os laços entre Brasil e Holanda.

O prefeito Fernando Capato destacou o significado do projeto: “O voluntariado e a cooperação são marcas enraizadas no processo de desenvolvimento de Holambra. Essa iniciativa da Associação Povos Unidos reflete a importância desse modelo e o quanto podemos produzir em favor das pessoas quando somamos esforços”, afirmou.

A experiência em realidade virtual 360° permitirá que pessoas com mobilidade reduzida conheçam todos os detalhes do interior do moinho, com recursos de audiodescrição e Libras. A ação reforça o compromisso da cidade com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente os ODS 10 (Redução das Desigualdades) e 11 (Cidades e Comunidades Sustentáveis).

O Presidente da Associação Povos Unidos, Gilberto Wigman celebra o momento como um marco na história da entidade e da cidade. Segundo ele, o projeto é resultado de persistência e do espírito cooperativo que caracteriza Holambra.

“No ano passado, inscrevemos o projeto em uma chamada pública e recebemos o retorno de que ele se encaixava melhor no Fundo de Patrimônio Cultural. Neste ano, submetemos novamente a proposta e fomos contemplados. Foi uma alegria enorme”, contou Gilberto.

A experiência imersiva estará disponível ao público durante todo o sábado, com quatro poltronas equipadas com óculos 3D. “Será uma experiência única e totalmente nova. Estamos ansiosos para mostrar o nosso Moinho a todos os visitantes e ver como o público reagirá a essa novidade”, afirma.

Um livro sobre o Moinho Povos Unidos

Além da tecnologia, o evento marca o lançamento do livro “O Gigante de Holambra”, publicado pela Editora Setembro. A obra, vendida a preço de custo durante o evento, reúne registros históricos e depoimentos de personagens que participaram da construção do monumento.

“Conseguimos registrar toda a nossa história desde a idealização do Moinho e reunir quem fez parte desse processo. É uma forma de preservar e compartilhar a nossa cultura”, destaca Gilberto.

“Assim como o vento move as pás do Moinho, o conhecimento e o voluntariado movem a nossa comunidade. Este projeto é um presente para Holambra e um convite à reflexão sobre o nosso papel.”

Presenvando a memória

Autor e pesquisador do livro, Jaime Pacheco dedicou meses ao levantamento de informações, entrevistas e pesquisa documental para construir uma narrativa que une memória e emoção.
“A coleta de dados foi feita por meio de entrevistas, leitura de atas das comissões, consultas a jornais e revistas, e conversas com operários, moleiros e gestores. A ideia foi compreender todo o processo de construção do Moinho e registrar o esforço coletivo que deu origem a esse símbolo de Holambra”, explica.

Com produção da Editora Setembro, o livro traz entrevistas com figuras centrais da história local, como Celso Capato, Leo Reitjens, Tony Rulshof, Rafael Rabbers e o próprio Gilberto Wigman, além de trabalhadores e voluntários que participaram da construção.

“Conseguimos reunir fatos históricos, recordações e afetividade, mostrando como a união entre brasileiros e holandeses deu origem a uma nova cultura. Não é por acaso que se escolheu o nome ‘Povos Unidos’ para o Moinho”, afirma Pacheco.

O autor acredita que o livro é uma leitura que inspira. “O leitor encontrará uma história leve e envolvente, que mostra o poder da cooperação e o que acontece quando se valoriza a história, une-se culturas e trabalha-se por um mesmo objetivo.”